
Os mercados internacionais operam com viés negativo nesta primeira sessão da semana, refletindo a cautela dos investidores diante da expectativa por anúncios do presidente americano, Donald Trump, sobre novas tarifas comerciais. A ameaça de sobretaxa de 10% a países alinhados ao Brics, incluindo o Brasil, elevou a aversão ao risco, pressionando bolsas em Nova York e impulsionando os rendimentos dos Treasuries e o dólar em escala global. Apesar da alta do petróleo, o ambiente geopolítico conturbado e a incerteza sobre os rumos da política comercial americana mantêm os investidores na defensiva.
No Brasil, o Ibovespa recua após recentes máximas históricas, refletindo o desconforto com o cenário externo e a valorização do dólar frente ao real. A alta dos juros futuros acompanha o movimento dos Treasuries e a percepção de risco fiscal doméstico, mesmo com a deflação mais intensa do IGP-DI em junho. A expectativa por novos desdobramentos da política tarifária dos Estados Unidos mantêm o mercado em compasso de espera. Por volta das 13h40, o principal índice da B3 caia 1,15%, aos 139.640 pontos, enquanto o dólar avançava 0,88% frente ao real, cotado a R$ 5,47.
Entre os destaques positivos do dia, os frigoríficos avançam com força, impulsionados pela queda nos preços do milho e pela valorização do dólar, que favorece as exportações. BRF, Marfrig e Minerva lideram os ganhos. A Braskem também sobe, apoiada pela movimentação de Nelson Tanure para adquirir a fatia da Novonor, o que reacende expectativas de resolução de impasses societários. Em contrapartida, ações cíclicas ligadas ao consumo doméstico recuam diante da alta dos juros futuros, com quedas expressivas em nomes como RD Saúde, Yduqs e GPA.
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