
Os mercados internacionais seguem sem tendência clara nesta quinta-feira, refletindo a combinação de tensões no Oriente Médio e sinais mistos da economia dos Estados Unidos. A inflação ao produtor (PPI) veio abaixo do esperado, reforçando as apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve ainda este ano, o que pressionou para baixo os rendimentos dos Treasuries e o índice DXY. Por outro lado, declarações do presidente Donald Trump sobre tarifas comerciais e o alerta máximo dos EUA para viagens ao Iraque aumentaram a cautela dos investidores. Em meio a esse cenário, o petróleo recua, apesar do risco geopolítico, enquanto o ouro avança com a busca por ativos de proteção.
No Brasil, o ambiente político instável em torno da Medida Provisória que altera o IOF tem gerado volatilidade nos mercados. A decisão da Câmara dos Deputados de pautar com urgência um projeto que revoga o aumento do imposto elevou os juros futuros e o dólar, refletindo o aumento das preocupações com a trajetória fiscal. Ainda assim, o Ibovespa mantém leve viés positivo, sustentado pelas ações da Petrobras, que reagem à possibilidade de distribuição de dividendos extraordinários como parte das medidas do governo para atingir a meta fiscal. Por volta das 13h52, o índice subia 0,12%, aos 137.296 pontos, enquanto o dólar avançava 0,27%, cotado a R$ 5,55.
Entre os destaques do Ibovespa, o setor financeiro sente os impactos da MP do IOF, com quedas mais acentuadas entre as fintechs e a B3. O varejo também recua, pressionado pelos dados fracos de vendas em abril. Em contrapartida, Petrobras avança com a expectativa de dividendos extras. Marfrig e BRF figuram entre as maiores baixas, refletindo a queda nas exportações de carne de frango. Já Movida e Marcopolo lideram os ganhos, impulsionadas por recomendações positivas de analistas e perspectivas favoráveis para o segundo trimestre.
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