
Os mercados internacionais operam em alta nesta terça-feira, impulsionados pela trégua nas tensões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia, após o governo americano suspender a imposição de tarifas sobre produtos europeus. A melhora nos índices de confiança do consumidor, tanto nos EUA quanto na Europa, também reforça o apetite por risco, mesmo diante da queda nas commodities como petróleo e minério de ferro. Os rendimentos dos Treasuries recuam, refletindo expectativas de menor emissão de dívida no Japão, enquanto o dólar se fortalece globalmente.
No Brasil, o destaque do dia é o IPCA-15 de maio, que veio abaixo das expectativas e com composição qualitativa mais favorável, reforçando a percepção de que o ciclo de alta da Selic chegou ao fim. A surpresa inflacionária provocou queda nas taxas de juros futuros e impulsionou o Ibovespa, que renovou máxima histórica intradiária aos 140.381 pontos. O dólar recua frente ao real, influenciado pelo alívio nos juros, leilão de linha do Banco Central e ajuste após a alta da véspera.
Entre os destaques da B3, os bancos lideram os ganhos com a perspectiva de estabilidade nos juros, com Bradesco, BTG e Itaú entre os mais negociados. O alívio nos juros também favorece empresas ligadas ao consumo interno, como CVC, Magazine Luiza, Assaí e Localiza, que registram fortes altas. A Petrobras avança, impulsionada pela possibilidade de emissão de debêntures incentivadas, mesmo com o petróleo em queda. No setor siderúrgico, Usiminas e Gerdau sobem com a expectativa de redução das exportações chinesas de aço. Na ponta negativa, Vale e CSN Mineração recuam com a queda do minério de ferro, enquanto Suzano sente o impacto da valorização do real, que pressiona empresas exportadoras.
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