Ibovespa bate os 140 mil pontos e renova máximas com recuo do dólar e dos juros futuros

Os mercados internacionais operam sob pressão após a Moody’s retirar a nota máxima de crédito dos Estados Unidos, o que gerou aversão ao risco em Wall Street e valorização do ouro. Além do recuo dos índices Nasdaq e S&P 500, o dólar perdeu força globalmente, enquanto os juros dos Treasuries longos subiram, refletindo preocupações fiscais. Na Europa, o humor também é contido, com revisões negativas para o crescimento da zona do euro e tensões comerciais envolvendo China e EUA.

No Brasil, o Ibovespa chegou a atingir a marca dos 140 mil pontos, impulsionado pelo IBC-Br de março, acima das expectativas, e pela queda dos juros futuros – que reagem positivamente ao discurso do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçando o compromisso com a meta de inflação. Por volta das 13h45, o principal índice da bolsa brasileira subia 0,50% aos 139.873 pontos, enquanto o dólar recuava 0,52% frente ao real, cotado a R$ 5,64.

Entre as ações que compõem o Ibovespa, os frigoríficos se destacam com desempenhos opostos: JBS lidera os ganhos com recomendação positiva de casa de análise estrangeira, enquanto Marfrig corrige forte alta da véspera após a suspensão de exportações de frango para nove países devido à gripe aviária. No setor financeiro, Banco do Brasil cai após rebaixamento de recomendação, enquanto Itaú, Bradesco e Santander sobem com a queda dos juros. Por fim, mineradoras e petroleiras recuam acompanhando a desvalorização do minério de ferro e do petróleo.

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