Os mercados internacionais operam com cautela nesta sexta-feira, refletindo a escalada das tensões no Oriente Médio e incertezas sobre a política comercial dos Estados Unidos com a China. Apesar de um breve alívio com a sinalização de que os americanos decidirão em até duas semanas sobre eventual envolvimento no conflito entre Israel e Irã, o clima de aversão ao risco prevalece. Bolsas em Nova York e Europa perdem força, pressionadas também por temores sobre restrições a exportações de tecnologia para a China. O petróleo recua e os rendimentos dos Treasuries recuam, enquanto o dólar se fortalece frente a moedas emergentes.
No Brasil, o tom mais duro do comunicado do Copom após a elevação da Selic para 15% ao ano gerou reprecificação nos mercados. O Ibovespa recua, penalizado por ações sensíveis ao ciclo econômico, como varejistas e bancos. O dólar, que chegou a cair com o diferencial de juros, inverteu o sinal e sobe, acompanhando o enfraquecimento das bolsas e ajustes de posição. Entre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque negativo do dia fica com a Cosan, que cai aproximadamente 7% diante das preocupações com seu elevado endividamento e o impacto da alta da Selic sobre seus custos financeiros. O movimento de queda se estende a empresas ligadas ao consumo doméstico, como Magazine Luiza, Vamos e MRV, pressionadas pela perspectiva de juros altos por mais tempo.
Às 14h25 o Ibovespa recuava 1% aos 137.330 pontos e o dólar avançava 0,29%, a R$ 5,50.
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