Após a surpresa com o varejo bem acima das estimativas ontem, os dados do setor de serviço e mercado de trabalho desta sexta-feira reforçaram a leitura de resiliência da atividade do país. O volume de serviços avançou 0,7% em janeiro na variação mensal, ficando bem acima da expectativa do consenso da Bloomberg (-0,4%). Já o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou um saldo positivo de 180.395 carteiras assinadas em janeiro, bem acima do consenso que esperava criação de 90 mil postos de trabalho.
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Após os dados, os juros futuros passaram a trabalhar em alta, refletindo alguma chance de o Copom começar a sinalizar o abandono do compromisso de que seguirá com a redução da Selic no ritmo de 0,5pp. Este movimento observado também é convergente com o comportamento dos Treasuries, que por sua vez embutem um desconforto com a inflação americana e a chance de o Federal Reserve ser mais conservador sobre eventuais cortes de juros mais adiante. Na bolsa, às 13h30, o Ibovespa negociava em queda de 0,77% aos 126.652 pontos, em sessão de queda ampla, seja pela pressão dos juros futuros ou das commodities. No câmbio, o dólar avançava 0,19% frente ao real, cotado a R$ 5,00.
No exterior, bolsas de Nova York exibem tom negativo após dados mistos e que mostraram estabilidade nas expectativas de inflação nos Estados Unidos. Enquanto na Europa, o quadro era um pouco mais positivo, com notícias corporativas em foco. Entre as commodities, o minério caiu pela sexta sessão consecutiva nesta madrugada na China – desta vez o recuo foi de 3,46%, cotado a US$ 108,62. Já o petróleo apresentava leve recuo, corrigindo as duas últimas altas.
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