
Ouça aqui o fechamento de mercado no Spotify
O otimismo gerado pelo discurso de Jerome Powell em Jackson Hole, na última sexta-feira (22), perdeu força ao longo do dia, e os mercados globais encerraram a primeira sessão da semana com viés negativo.
Embora o presidente do Federal Reserve System (Fed, o banco central americano) tenha sinalizado abertura para cortes de juros, outros dirigentes reforçaram a necessidade de cautela, o que elevou os rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida emitidos pelo governo norte-americano) e fortaleceu o dólar.
As bolsas americanas fecharam em queda, da mesma forma na Europa o sentimento foi predominantemente negativo, influenciado por tensões comerciais entre Estados Unidos e Coreia do Sul – embora o presidente americano Donald Trump tenha afirmado possível acordo no final do dia. Em contrapartida, commodities (produtos primários) como petróleo e minério de ferro avançaram, sustentadas por estímulos na China e preocupações geopolíticas.
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No Brasil, o Ibovespa encerrou o pregão próximo da estabilidade, apoiado pelo bom desempenho das commodities e pela expectativa de queda da Selic, reforçada por novas revisões baixistas no Boletim Focus. Os juros futuros recuaram, especialmente nos vértices longos, refletindo o apetite por risco. O dólar também perdeu força frente ao real, encerrando o dia em queda.
O principal índice da B3 registrou leve alta de 0,04%, aos 138.025 pontos, com giro financeiro fraco de R$ 15 bilhões. Já o dólar caiu 0,20%, cotado a R$ 5,41. Entre os destaques setoriais, os segmentos de materiais básicos e imobiliário sustentaram o índice, que refletiu o equilíbrio entre o cenário externo desafiador e os fatores domésticos positivos.
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