Os mercados globais mantêm o tom positivo nesta quarta-feira (26), repetindo a narrativa dos últimos dias: investidores seguem confiantes em um corte de juros pelo Federal Reserve (banco central dos EUA) em dezembro. Pela manhã, dados mistos reforçaram essa percepção — pedidos de auxílio-desemprego vieram abaixo do esperado, enquanto o índice de atividade industrial de Chicago caiu além das projeções, sinalizando perda de fôlego da economia.
Neste contexto, as bolsas em Nova York avançam, apesar do avanço moderado dos rendimentos dos Treasuries e estabilidade do dólar frente às principais moedas. O petróleo sustenta queda superior a 1%, refletindo negociações sobre oferta e expectativas de avanço em acordos geopolíticos.
Por volta das 14h30, o Ibovespa subia 1,42%, aos 158.116 pontos, apoiado pelo fluxo estrangeiro e pelo otimismo com o cenário externo. O dólar acelerou para o lado negativo, recuando 0,50%, cotado a R$ 5,35, acompanhando o rali das divisas emergentes.
Na curva de juros, após alta pela manhã em reação ao IPCA-15 acima do esperado — que trouxe aceleração nos núcleos e serviços — os contratos inverteram direção e iniciaram a tarde em queda, refletindo manutenção das apostas majoritárias em cortes da Selic no início de 2026. O movimento reforça um ambiente de maior apetite por risco, mesmo com a proximidade do feriado de Ação de Graças nos EUA, que tende a reduzir a liquidez.
Entre os destaques da B3, bancos lideram os ganhos, Vale (VALE3) acompanha a alta do minério, enquanto Rumo dispara com expectativa de redução de taxas portuárias na China. No lado oposto, Petrobras (PETR3; PETR4) recua diante da cautela antes da divulgação do plano estratégico, e Casas Bahia (BHIA3) despenca após anunciar proposta de aumento de capital que pode diluir acionistas.
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