Os mercados globais operam sem direção única nesta tarde, refletindo cautela após o corte de juros pelo Federal Reserve, banco central dos EUA, e sinais divergentes sobre os próximos passos da política monetária americana. Enquanto Dow Jones avança, S&P 500 e Nasdaq recuam diante das incertezas sobre o retorno dos investimentos em inteligência artificial, penalizando ações de tecnologia. Os rendimentos dos Treasuries cedem, acompanhando a busca por proteção, e o dólar perde força globalmente. Entre as commodities, petróleo recua mais de 2% com percepção de oferta confortável, apesar das tensões geopolíticas, e metais como cobre e ouro sobem apoiados pelo dólar mais fraco e juros longos menores.
Por aqui, o Ibovespa sustenta alta moderada, apoiado pelo aparente ingresso de fluxo estrangeiro e pela queda do dólar, que reflete o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a Selic em 15% e sinalizar postura conservadora. As taxas curtas dos DIs operam estáveis, enquanto os vértices longos recuam, acompanhando o movimento externo e a leitura de um Copom mais duro. Por volta das 14h15, o Ibovespa subia 0,40%, aos 159.707 pontos, enquanto o dólar tinha forte queda de 1,20%, cotado a R$ 5,40. A queda das commodities limita ganhos, mas ações de grandes bancos e algumas ligadas ao varejo ajudam a sustentar o movimento.
Entre as ações do Ibovespa, o setor de varejo lidera os ganhos, impulsionado por dados robustos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela queda dos juros futuros longos. Lojas Renner (LREN3), Magazine Luiza (MGLU3) e Vivara (VIVA3) avançam, enquanto Iguatemi (IGTI11) e JHSF (JHSF3) sobem com anúncios de venda de ativos e reforço de caixa. Bancos também se beneficiam da desinclinação da curva. Em contrapartida, Embraer (EMBJ3) recua pressionada pelo dólar mais fraco, e papéis ligados a commodities oscilam após realização de lucros e queda do minério de ferro.
Publicidade