
No exterior, os mercados operam com cautela diante da escalada de tensões políticas nos Estados Unidos, após Donald Trump anunciar a demissão da diretora do Fed, Lisa Cook, gerando dúvidas sobre a independência da autoridade monetária.
A medida, somada às ameaças tarifárias contra China e Índia, contribui para a volatilidade nos Treasuries (títulos de dívida pública emitidos pelo governo norte-americano) e enfraquecimento do dólar globalmente. Na Europa, a instabilidade política na França e a queda do petróleo também pesaram sobre os ativos e levaram ao encerramento das bolsas no campo negativo.
No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia do IPCA, melhor que o esperado trouxe alívio pontual, mas a composição do índice reforçou preocupações com a inflação de serviços, postergando as apostas de corte da taxa básica de juros Selic para 2026. Com isso, os juros futuros avançam, o dólar retoma alta frente ao real e o Ibovespa – o principal índice da B3 – recua.
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Com investidores atentos ao cenário fiscal e político e a queda das commodities limitam o desempenho de ações ligadas ao setor, que tem grande peso na composição do índice Ibovespa, enquanto o destaque positivo fica com o GPA (PCAR3), que sobe pelo quinto pregão consecutivo.
No setor de distribuição, a Vibra (VBBR3) avança com dados favoráveis de vendas de diesel, enquanto Raízen (RAIZ3) recua diante de preocupações com endividamento. Já a Sabesp (SBSP3) cai com medidas de contingência hídrica em São Paulo.
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