Os mercados globais encerraram a terça-feira (18) sob forte aversão ao risco, num movimento que volta a colocar em xeque a sustentabilidade do boom de inteligência artificial (IA), grande responsável pelo rali de 2025. O pregão foi marcado pelo nervosismo na véspera da divulgação do balanço da Nvidia (NVDA34) e pela retomada da agenda de indicadores nos EUA após o shutdown recorde, com sinais mistos sobre atividade e mercado de trabalho. A busca por proteção manteve os rendimentos dos Treasuries em baixa, enquanto o dólar oscilou frente às principais moedas. Entre as commodities, o petróleo subiu mais de 1%, apoiado por tensões geopolíticas e sinais de oferta mais apertada no curto prazo. O resultado da Nvidia é visto como potencial divisor de águas para o sentimento global em relação às ações de tecnologia e ao ciclo de investimentos em IA.
No Brasil, o Ibovespa foi pressionado pelo exterior negativo e encerrou a sessão em queda de 0,30%, aos 156.522 pontos, com giro financeiro de R$ 24 bilhões, em meio também à liquidação extrajudicial do Banco Master pelo BC, o que adicionou cautela ao mercado, embora o consenso seja de que não há risco sistêmico. A pressão sobre ações de grandes bancos e blue chips prevaleceu ao longo do dia. No câmbio, o dólar à vista recuou 0,25%, cotado a R$ 5,32, enquanto os juros futuros mantiveram comportamento neutro
Publicidade