O que este conteúdo fez por você?
- O episódio de janeiro traz os comentários e recomendações de Sara Delfim, sócia da Dahlia Capital e o José Simão, sócio da Legend Investimentos
- Apesar de janeiro tradicionalmente ser um mês sem grandes sobressaltos, inflação e juros em alta seguem entre os pontos de atenção
- Confira quais acontecimentos causaram mais turbulência no mercado financeiro em janeiro e quais são as expectativas e análises dos especialistas
O programa Papo, Café & Lucros apresenta um balanço dos destaques do mês no mercado financeiro, dicas sobre diversificação de portfólio e as oportunidades que precisam entrar no radar dos investidores. O episódio de janeiro traz os comentários e recomendações de Sara Delfim, sócia da Dahlia Capital, e José Simão, sócio da Legend Investimentos.
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Apesar de janeiro tradicionalmente ser um mês sem grandes sobressaltos, inflação e juros em alta seguem entre os pontos de atenção. No exterior, o primeiro mês do ano foi impactado pelo discurso mais duro de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), em relação ao aumento da taxa de juros e pela sinalização da China em liberar novos incentivos fiscais. O governo chinês anunciou que também aumentará as deduções para despesas com pesquisa e desenvolvimento quando as empresas calcularem seu imposto de renda.
No cenário doméstico, tivemos a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que veio acima do teto. Após a surpresa de alta no IPCA-15 (0,58%), os economistas do mercado financeiro elevaram a previsão para o IPCA em janeiro deste ano, de 0,46% para 0,54%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (31). Um mês atrás, o porcentual projetado era de 0,47%.
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“Olhando para o cenário doméstico a gente está tendo um mês bom. A Bolsa chegou a subir perto de 6% impulsionada pelas commodities como Vale e Petrobras”, afirma Sara Delfim, da Dahlia Capital.
O bom momento das commodities também é pontuado por José Simão, sócio da Legend Investimentos. “Desde o começo do ano a China está sinalizando que pretende dar alguns incentivos, o que propicia a alta de commodities”, destaca.
Ainda existem outras preocupações como a seca que castigou principalmente a região Sul do Brasil e o crescente aumento de casos de covi-19, causados pela variante Ômicrom. “Muitas pessoas ficaram afastadas do trabalho ao longo das últimas semanas e isso terá um custo para a cadeia produtiva. Mais um combustível para a inflação”, observa Simão.
“Uma variável importante é o preço do petróleo que está subindo e a conta da energia ficando mais cara por conta da estiagem. Precisa monitorar o preço do petróleo e inflação”, afirma Delfim.
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Quanto ao cenário de maior volatilidade já esperado em um ano eleitoral, os analistas descartam grandes reviravoltas. “Atribuímos muito valor à cadeira de presidente. Precisa ver a composição da Câmara e do Senado porque, no fim das contas, quem decide sobre os projetos são eles”, afirma a fundadora da Dahlia.
“Não fique olhando muito os resultados do curtíssimo prazo, não se preocupe tanto com as eleições e ache que o mundo vai acabar por conta disso. O mundo anda, a roda gira e os mercados voltam a se estabelecer”, diz Delfim.
Pensando em novas tendências de investimentos, como as criptomoedas, NFTs e metaverso, Delfim e Simão recomendam cautela. “Às vezes eu escuto histórias assim: Tem um fulano me oferendo algo para ganhar 4% ou 5% ao mês. Toma cuidado, não tem café grátis”, observa Simão. “A gente estuda muito aqui a novas tendências, mas no momento não recomendamos ou trabalhamos com esses ativos”, diz Delfim.
Sobre a composição da carteira, a regra é clara: diversificação. “Se você tem uma diversificação um ativo equilibra o outro e você consegue navegar com certa tranquilidade”, afirma Delfim.
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“Você tem que ter uma caixinha com espaço também para títulos, debêntures lastreadas em IPCA, porque não vejo muito espaço para a inflação ceder. Além de bancos de primeira linha e petróleo”, orienta Simão.
Confira quais acontecimentos causaram mais turbulência no mercado financeiro em janeiro e quais são as expectativas e análises dos especialistas. Nos vemos no fechamento de fevereiro!