
No exterior, o viés positivo predomina nas principais bolsas globais após a divulgação do relatório Jolts, que apontou redução maior que a esperada na abertura de vagas nos EUA, reforçando as apostas por cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
As declarações do dirigente Christopher Waller, defendendo flexibilização monetária já em setembro, derrubaram os rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida emitidos pelo governo norte-americano) e pressionaram o dólar no mercado internacional. Em Wall Street, S&P 500 e Nasdaq avançam apoiados pelo desempenho das big techs, enquanto o petróleo recua mais de 2% diante de rumores sobre aumento de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), e o ouro renova máximas históricas.
No Brasil, o Ibovespa – o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira – perde a marca dos 140 mil pontos, pressionado pela queda do petróleo, que afeta Petrobras e demais empresas do setor. A curva de juros futuros chegou a recuar com a valorização do real e o alívio nos Treasuries, mas voltou a rondar os ajustes após um leilão robusto de NTN-B pelo Tesouro.
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Além disso, a Produção Industrial Mensal (PIM) caiu 0,2% em julho, resultado ligeiramente melhor que o esperado (-0,3%), mas que reforça sinais de fraqueza na indústria, com destaque negativo para bens de capital e consumo duráveis, refletindo os efeitos da Selic elevada.
Por volta das 13h30, o Ibovespa caía 0,37%, aos 139.821 pontos, enquanto o dólar recuava 0,23%, cotado a R$ 5,46, influenciado pela captação externa do Tesouro e pelo movimento global de enfraquecimento da moeda americana.
Entre as ações do Ibovespa, o setor varejista lidera as altas, impulsionado pela perspectiva de cortes de juros após os dados fracos nos EUA, com Magazine Luiza (MGLU3), C&A (CEAB3) e CVC (CVCB3) em destaque. A Cosan (CSAN3) também avança após anunciar cisão societária para otimizar sua estrutura de capital. No lado negativo, Petrobras (PETR3;PETR4) recua acompanhando a queda do petróleo, enquanto Brava (BRAV3) e Gerdau (GGBR4) figuram entre as maiores baixas.
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