A Petrobras (PETR3 e PETR4) é uma das empresas de maior peso na Bolsa brasileira e sonho de consumo de investidores institucionais e de varejo.
De acordo com Davi Malveira, sócio responsável pelo setor de commodities da Perfin, o valuation por diferentes métricas parece barato mesmo diante da alta deste ano.
A ação PETR4 negocia com desconto para sua média histórica. No entanto, estas métricas assumem um preço do petróleo Brent para o ano que vem de US$ 85, que pode ser impactado pela alta volatilidade.
A Perfin tem recomendação neutra para Petrobras, pois, “apesar de barata, existem motivos persistentes para que não ocorra expansão de múltiplo na empresa e o potencial de valorização está bastante dependente do dividendo a ser pago”.
Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, explica que hoje a Petrobras negocia por 4x lucros, em comparação a múltiplos de 8x a 10x das grandes companhias no exterior, além de um dividend yield maior também. Esse quadro resulta em um papel “descontado”.
Entretanto, há um motivo para esse desconto: o fato de o governo ser controlador e de existir a possibilidade de uma mudança drástica na companhia que faça os lucros e os dividendos desabarem.
Neste momento, a Empiricus tem recomendação neutra para as ações, já que apesar de barata na comparação com as pares, PETR4 está negociando bem acima de sua própria média de preço/lucro, o que diminui a assimetria neste momento.