Ações de energia: entenda a diferença entre geração, transmissão e distribuição antes de investir

Diferentes segmentos podem afetar seus investimentos

Entender os diferentes segmentos de atuação das companhias de energia elétrica é fundamental para o investidor não perder dinheiro e buscar oportunidades.

Existem três grandes segmentos neste setor: geração, transmissão e distribuição. Várias empresas atuam em mais de um segmento.

As companhias geradoras de energia operam usinas hidrelétricas, termelétricas, eólicas e solares, entre outras.

Entre as geradoras com capital aberto na Bolsa estão AES (AESB3), Copel (CPLE6), Engie (EGIE3), CPFL Energia (CPFE3) e Eletrobras (ELET3), entre outras.

A maior geradora do país, Itaipu, não tem ações negociadas na Bolsa, mas outras gigantes são controladas por grupos.

Este é o caso de Belo Monte, gerida pela Eletronorte, que por sua vez conta com acionistas como Eletrobras, Cemig, Vale, Neoenergia (NEOE3) e Light (LIGT3).

As companhias transmissoras operam grandes torres e linhas de alta tensão que interligam as geradoras até os grandes centros consumidores, formando o SIN (Sistema Interligado Nacional).

Essas companhias disputam concessões regionais de longo prazo. Entre os maiores players do setor estão Taesa (TAEE11), ISA Cteep (TRPL4) e a Eletrobras.

Já as companhias de distribuição recebem a alta tensão e leva a energia a residências, comércios e indústrias. Muitas empresas atuam neste segmento, que pode ser mais regionalizado.

As companhias do setor elétrico normalmente possuem concessões de longo prazo, possuem receitas com razoável previsibilidade e entram em carteiras de investimentos focadas em proventos.

Para o investidor, o que justamente interessa é o pagamento consideravelmente constante de dividendos e JCP.

Entre os riscos estão o roubo de energia (os gatos, que afetam principalmente empresas de distribuição), perdas de concessões e necessidade de grandes investimentos sem retorno previsto.

Regulamentação governamental, novos entrantes em fontes alternativas e privatização de estatais do setor também movimentam a indústria de energia.

O setor é muito dinâmico, com companhias que podem sair da Bolsa (que pode ser o caso de EDP, ENBR3) e entrantes como Auren (AURE3), que incorporou a CESP com CPPIB e Votorantim.

Aliás, a EDP tem feito investimentos bilionários em distribuição e geração em fazendas solares, um claro movimento de renovação de nossa matriz energética.