Na segunda-feira (27), a Americanas divulgou um fato relevante sobre um acordo feito com os principais credores.
O analista José Eduardo Daronco, da Suno Research, explica que o acordo se faz importante porque, sem ele, a saída da recuperação judicial seria inviabilizada.
“Na prática, ele chancela o acerto entre os principais credores e principais acionistas”, diz, acrescentando que esse movimento possibilitará que a empresa quite uma parcela significativa do seu passivo, além de reduzir o custo financeiro, dado que os bancos passarão a figurar como sócios.
O acordo, proposto pela Americanas, foi aceito por Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4), BTG Pactual (BPAC11) e Santander Brasil (SANB11).
O plano proposto, que agora será votado em uma assembleia geral de credores marcada (AGC) para 19 de dezembro, prevê a capitalização de R$ 24 bilhões.
R$ 12 bilhões pelos acionistas de referência da Americanas – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sucupira – e outros R$ 12 bilhões em conversão de dívida concursal por parte dos credores.
A expectativa, após a implementação do plano, é que a dívida bruta da companhia caia para R$ 1,875 bilhão, contra os atuais R$ 40 bilhões.