Americanas (AMER3): após 4 adiamentos e 11 meses desde escândalo contábil, varejista divulga balanço e ações disparam
Depois de 4 adiamentos e 11 meses desde o escândalo contábil que mexeu com o mercado financeiro, a Americanas (AMER3) finalmente divulgou seu balanço de 2022.
A varejista teve prejuízo de R$ 12,912 bilhões no ano passado ante perda de R$ 6,237 bilhões em 2021. Já a receita líquida ficou em R$ 25,809 bilhões, aumento de 14,6% em um ano.
A dívida líquida do grupo estava em R$ 26,287 bilhões, salto de 85% em um ano. O último balanço divulgado pela Americanas antes da descoberta do rombo foi o do terceiro trimestre de 2022
As ações da Americanas, cujos acionistas de referência são os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, têm queda na casa dos 90% no acumulado de 2023.
Tudo por conta do escândalo que explodiu em janeiro último quando, em fato relevante, a companhia anunciou “inconsistências contábeis” e um rombo no valor de R$ 20 bilhões em 2022.
Na sequência, o CEO Sergio Rial e o CFO André Covre renunciaram aos cargos que haviam assumindo há apenas 10 dias.
Após o tão aguardado relatório as ações saltaram 6,25%, com os analistas avaliando a viabilidade da Americanas e sua capacidade de negociar as dívidas com credores.
A rede varejista tem dívida de curto prazo de R$ 37 bilhões e despesa financeira de R$ 5,2 bilhões.