Parte dos beneficiários deixou ocupações extremamente precárias e instáveis, em um fenômeno identificado como “fuga da informalidade”.
A principal saída do mercado de trabalho foi registrada entre trabalhadores em posições informais, como trabalhadores domésticos sem carteira assinada e pessoas que atuavam como auxiliares em atividades familiares.
Grande parte das pessoas que se afastaram do mercado são mulheres, especialmente aquelas com filhos pequenos, baixa escolaridade e residentes no meio rural das regiões Norte e Nordeste.
A existência de uma renda básica oferecida pelo Bolsa Família deu a essas mulheres a possibilidade de optar por cuidar da casa e dos filhos sem recorrer a empregos insustentáveis.
O estudo do Ipea usou a metodologia de comparação entre beneficiários e os resultados mostraram que o aumento do benefício provocou uma leve redução na taxa de participação no mercado, entre 2,2 e 4,7 pontos percentuais.
No entanto, não houve alteração significativa no número de horas trabalhadas entre os que permaneceram ocupados.