Bombril: como a famosa marca das “1001 utilidades” chegou até a recuperação judicial

O que houve?

A Bombril, marca sinônimo de lã de aço e produtos de limpeza no Brasil, construiu uma história de sucesso ao longo de décadas, principalmente com suas propagandas “engenhosas”. No entanto, a empresa também enfrentou crises e desafios que a levaram a pedir recuperação judicial pela segunda vez em sua história.

O início

Fundada em 1948 por Roberto Sampaio Ferreira, a Bombril começou sua trajetória com a produção de lã de aço, um produto inovador para a época. A empresa cresceu rapidamente, tornando-se líder no mercado brasileiro de produtos de limpeza.

O “Garoto Bombril”

Em 1978, a Bombril lançou uma campanha publicitária estrelada pelo ator Carlos Moreno, que se tornou o "Garoto Bombril". A campanha foi um sucesso absoluto, consolidando a marca na mente dos consumidores e impulsionando as vendas. O slogan "Bombril tem 1001 utilidades" se tornou um marco na publicidade brasileira.

Expansão

Nas décadas seguintes, a Bombril expandiu seu portfólio de produtos, lançando detergentes, amaciantes, desinfetantes e outros produtos de limpeza. A empresa também adquiriu outras marcas, como Mon Bijou, Sapólio e Lysoform, consolidando sua posição no mercado.

Crises

Em 2003, a empresa pediu recuperação judicial pela primeira vez, conseguindo renegociar suas dívidas e reestruturar suas operações. No entanto, em 2015, a empresa voltou a enfrentar problemas e precisou recorrer a um empréstimo de R$ 300 milhões para evitar uma nova recuperação judicial.

Situação atual

Nesta terça-feira (11), a Bombril entrou com um novo pedido de recuperação judicial, alegando dívidas de R$ 2,3 bilhões, principalmente de origem tributária. A empresa afirma que as dívidas são decorrentes de operações financeiras realizadas na gestão do empresário italiano Sergio Cragnotti, que comprou a empresa nos anos 1990.

Impacto nas ações

O anúncio da recuperação judicial impactou as ações da Bombril na bolsa de valores, que registraram queda de mais de 20%. A Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial da Bombril, e a empresa terá um prazo para apresentar um plano de reestruturação para seus credores.

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