O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto para os seus assessores iniciarem uma análise de quanto cada país taxa os produtos americanos para aplicar uma tarifa com a mesma proporção.
No documento da Casa Branca, Trump destacou a alta taxação da carne e etanol do Brasil. Em entrevista a repórteres nesta semana, Trump disse: “Eles nos cobraram, e nós não os cobramos. E é hora de sermos recíprocos. Se eles estiverem em 25%, nós estaremos em 25%”.
Atualmente, o Brasil cobra das exportações de carne 10,8%. Se a medida de Trump for aprovada, o presidente cobraria de tarifa o mesmo valor das nossas exportações para seu território.
O Brasil exportou 190 mil toneladas de carne aos EUA em 2024. Com as tarifas e o dólar elevado, os produtores podem procurar primeiro outros compradores fora do país, como a China, o que deixaria a oferta interna no mesmo patamar, segundo especialistas.
No entanto, há a possibilidade de ter um aumento na oferta interna, o que causaria a queda do preço da carne a curto prazo.
Como consequência, especialistas destacam que o setor pode adotar estratégias para evitar quedas bruscas nos preços, como a redução do volume de abate, mantendo a oferta relativamente estável.
Ou seja, no curto prazo, os preços podem baixar, mas, ao longo do tempo, a oferta tende a se reequilibrar para os valores atuais.