As ações da Casas Bahia (BHIA3) registraram uma desvalorização de 81,03% no ano passado – a maior derrocada entre os papéis que compõem o Ibovespa, segundo dados da Economatica.
O tombo dos ativos acontece na esteira de um balanço aquém do esperado: nos primeiros nove meses de 2023, a antiga “Via” acumulou um prejuízo de R$ 1,6 bilhão.
O plano de transformação ajudou a afastar, pelo menos por ora, os temores de uma recuperação judicial. Entretanto, o enxugamento de despesas ainda não foi o suficiente para mudar as recomendações sobre as ações.
Leonardo Piovesan, da Quantzed, ressalta que o mercado ainda tem baixa visibilidade sobre o sucesso do turnaround. “Essas mudanças podem trazer custos extras e a companhia precisará gerar caixa para sobreviver”, afirma.
Flávia Meireles, analista da Ágora Investimentos, tem recomendação neutra para as ações. A analista tem uma projeção mais positiva para o setor em 2024 em função dos cortes na Selic.
Entretanto, segmentos do varejo mais expostos a bens duráveis de preços mais altos, o caso da Casas Bahia, ainda não devem conseguir aproveitar o alívio nos juros no curto prazo.