Casas Bahia: ações disparam, mas momento é para euforia?
As ações da Casas Bahia (BHIA3) dispararam 34% no primeiro pregão após a divulgação de um acordo extrajudicial com seus principais credores, Banco do Brasil e Bradesco.
O acerto fora dos tribunais deu um respiro de R$ 4 bilhões no caixa do varejista para poder focar em seu plano de recuperação, incluindo realinhamento de estoques, lojas, preços e pessoal.
O acordo foi bem recebido pelo mercado financeiro, mas para analistas ouvidos pelo E-Investidor o momento é de cautela, baseado no desafiante panorama à frente do varejo de eletroeletrônicos e linha branca.
Uma composição de fatores – disciplina fiscal do governo, inflação, taxa de juros, inadimplência e poder de compra do consumidor – pesa como uma sombra para o segmento.
Aliada a esta conjuntura está o avanço de concorrentes estrangeiros como Amazon, Shopee e Mercado Livre, que seguem investindo em seu avanço no e-commerce brasileiro.
Em cinco anos, o retorno das ações de alguns grandes players derreteram na Bolsa: Americanas (AMER3: -98,48%), Casas Bahia (ex-VIIA3: -92,91%) e Magazine Luiza (MGLU3: -73,73%).