Na última quarta-feira (18), o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciou uma redução de 50 pontos-base nas taxas dos Fed funds, para 4,75% a 5% ao ano. Mas, como essa decisão afeta a renda variável?
A renda variável, que inclui ações, Fiis e outros ativos negociados na B3, é altamente sensível às decisões de política monetária do Fed. Essas decisões, especialmente sobre a taxa de juros, têm um impacto significativo nos mercados financeiros globais e, consequentemente, nos investimentos de renda variável.
O Fed promove o crescimento econômico, controla a inflação e mantém o desemprego em níveis saudáveis, ajustando a taxa de juros. Essas mudanças afetam a economia real e os mercados financeiros.
Para atingir esses objetivos, a instituição utiliza a política monetária, principalmente ajustando a taxa de juros. Quando o Fed aumenta ou reduz os juros, os impactos reverberam tanto na economia real quanto nos mercados financeiros, incluindo o de renda variável.
Quando o Fed aumenta os juros, o custo de financiamento sobe, reduzindo consumo e investimentos das empresas, o que pode diminuir os lucros e derrubar o valor das ações. Com isso, a renda fixa fica mais atrativa, desviando investidores da renda variável.
Por outro lado, quando o Fed reduz as taxas de juros, o ambiente se torna mais favorável para as empresas, podendo crescer e lucrar mais, o que eleva o preço das ações e o otimismo dos investimentos em rendas variáveis.
Com a queda dos juros, a renda fixa se torna menos atrativa, o que incentiva os investidores a migrarem para ativos de maior risco e maior retorno, como ações e outros de renda variável.