As ações boas pagadoras de dividendos e os fundos imobiliários, que distribuem mensalmente proventos aos seus costistas, costumam compor o portfólio dos investidores que buscam viver de renda no médio e longo prazo.
Contudo, uma simulação realizada por Geraldo Búrigo, analista CNPI, mostra que há outras estratégias capazes de garantir uma renda mensal aos investidores, sem depender exclusivamente da distribuição dos proventos.
O portfólio consiste em alocações periódicas em ETFs (Exchange Traded Fund, na sigla inglês), que são fundos atrelados a uma carteira de ativos que busca um retorno semelhante a um índice de referência.
São eles: LFTS11, IMAB11, BRAX11 e IVVB11. A lógica, segundo Búrigo, é considerar todas as fontes de retorno do investidor, como a valorização da cotas e os juros da renda fixa, em um único pacote.
O especialista explica que a remuneração consiste na realização de lucro anual na ordem de 5% da carteira, priorizando sempre as classes de ativos que apresentaram os maiores retornos durante o período.
O método garante o rebalanceamento da carteira de investimentos e viabiliza a remuneração ao investidor sem deteriorar o patrimônio. “Mesmo com resgates de 5% ao ano, o patrimônio cresce mais que a inflação no período”, esclareceu Búrigo.
Ao ter em mente essas condições, o investidor que deseja aplicar a estratégia com o objetivo de ter uma renda mensal de R$ 5 mil vai precisar desembolsar mensalmente cerca de R$ 2.650 nos próximos 20 anos.
Esse valor, segundo Búrigo, precisa ser reajustado todos os meses pela inflação ao longo do período de acumulação. Os aportes, acompanhados pela rentabilidade da carteira, irão construir um patrimônio de R$ 3,4 milhões no vigésimo ano de investimento.