Comprar um carro em nome da pessoa física ou da pessoa jurídica pode gerar diferenças relevantes no custo final. Um estudo mostra que a compra pelo CNPJ pode reduzir em até R$ 78 mil os gastos em cinco anos, o equivalente a 21% .Essa vantagem, no entanto, exige atenção a regras fiscais, contábeis e de governança.
Na simulação, o carro considerado custava R$ 200 mil, com depreciação de 60% em cinco anos, entrada de 30% e custos médios de manutenção, seguro, IPVA e financiamento. Para a pessoa física, o gasto estimado foi de R$ 377,8 mil.
Já no CNPJ, empresas no Lucro Real chegaram a um custo líquido de R$ 299,5 mil, com ajuda de descontos na compra, crédito de PIS/Cofins e depreciação fiscal.
Apesar da economia, especialistas alertam que o carro comprado pelo CNPJ deve ter uso exclusivamente empresarial. Caso contrário, a Receita pode desconsiderar despesas, aplicar multas e tributar o benefício como lucro disfarçado.
Documentar o uso em contratos e manter comprovantes é essencial, sobretudo quando o veículo é destinado a colaboradores.
Outro cuidado está ligado à governança. Empresas precisam definir regras claras sobre o uso e a gestão do veículo para evitar conflitos internos e riscos em processos de sucessão. Além disso, em caso de dívidas, os carros da empresa podem ser rapidamente penhorados por serem ativos de fácil liquidação.
Assim, comprar pelo CNPJ pode ser financeiramente vantajoso, mas exige disciplina contábil e uso empresarial comprovado. A compra no CPF, por sua vez, é mais simples, não gera riscos fiscais e assegura liberdade de uso, embora resulte em um custo total mais elevado.