BofA vê Cosan (CSAN3) como “história única de reviravolta” e aponta Raízen (RAIZ4) como catalisadora

O Bank of America (BofA) reforçou sua visão otimista sobre a Cosan (CSAN3), classificando-a como uma “história única de reviravolta e desalavancagem na América Latina”.

O banco mantém recomendação de compra para as ações da companhia, com preço-alvo de R$ 11 - o que implica potencial de valorização de 86%. A holding está no caminho de reduzir seu endividamento e otimizar operações.

Os analistas destacam que a Cosan vem adotando medidas importantes, como a venda da participação na Vale (VALE3) e a revisão da gestão de passivos. Ao mesmo tempo, mudanças estratégicas e desinvestimentos na Raízen reforçam a perspectiva de recuperação operacional.

Ainda assim, o cenário não é simples: o ambiente de juros elevados e a falta de novos sinais concretos de desalavancagem ao longo do ano pressionaram as ações, que acumulam queda de cerca de 27% em 2025.

Apesar dos desafios, os bancos concordam que a Cosan preserva liquidez e não enfrenta vencimentos de dívida relevantes antes de 2028. No 2T25, a dívida líquida permaneceu em R$ 17,5 bilhões e o índice de cobertura de juros se manteve em 1,2x, indicando estabilidade no custo da alavancagem.

A visão é de que, embora os indicadores ainda oscilem, há sinais de progresso em subsidiárias e oportunidades para a estrutura de capital da holding ser fortalecida gradualmente.

Leia mais