Demissões no Facebook, Twitter e Amazon representam o fim de uma era?
Entenda o que está levando techs do Vale do Silício a cortar vagas
Entenda o que está levando techs do Vale do Silício a cortar vagas
A varejista Amazon, fundada por Jeff Bezos, cortará 10 mil postos às vésperas da Black Friday e do Natal. Com a volta aos hábitos pré-pandemia, as ações da companhia caíram 47% nos últimos 12 meses. A equipe de desenvolvimento da assistente Alexa é uma das envolvidas nos cortes.
A queda do valor das ações da Meta de 45% no último ano levou ao ex-Facebook chegar a um valor de mercado próximo dos valores de 6 anos atrás. Altos investimentos no metaverso, concorrência do TikTok e estagnação no número de usuários são os desafios da gigante das redes sociais.
Depois de um tumultuado processo de compra envolvendo Elon Musk, foi anunciado o corte de cerca de 3.700 postos, metade da força total de trabalho. Problemas com custos, geração de renda e polêmicas com contas estão à frente da nova administração. As ações da companhia foram retiradas da Nasdaq recentemente.
A gigante dos softwares Salesforce, sediada no mais alto edifício de San Francisco, Califórnia, cortou algumas centenas de vagas no começo de novembro. As ações da companhia, negociadas na NYSE sob o ticker CRM, caíram 51% ao longo dos últimos 12 meses.
Depois de um boom nos últimos anos, o inverno cripto chegou a uma de suas maiores exchanges. A Coinbase demitiu mais de mil funcionários sob a sombra de queda no faturamento. Segundo o CEO Brian Armstrong, a companhia cresceu rápido demais e agora precisa controlar suas despesas. As ações da companhia caíram mais de 85% no último ano.
A plataforma de serviços financeiros demitiu em agosto 23% de seus colaboradores, culpando a crise dos criptoativos. Os papéis HOOD, negociados na Nasdaq, retrocederam 71% nos últimos 12 meses.
Provavelmente o mais acertado é imaginar um ajuste a uma convergência de fatores como o lockdown da pandemia, digitalização e serviços de delivery que deixaram momentaneamente de ser tão essenciais, seguida de inflação e juros altos em um segundo momento.