Dólar abaixo dos R$ 5: o que está fazendo o câmbio cair?

Entenda os fatores e as perspectivas

O dólar comercial vem operando há alguns dias cotado abaixo dos R$ 5, na esteira de seguidos fechamentos positivos do Ibovespa.

Lembrando que em 12 de junho de 2022 o dólar havia fechado em R$ 4,99 e antes da pandemia flertava abaixo dos R$ 4.

Mas o que que está contribuindo para esta renovada retração do câmbio?

Não há uma resposta única, mas uma conjunção de fatores que contribuem para o influxo da moeda norte-americana e fortalecimento do Real.

Taxa Selic: com o arrefecimento da inflação, existe a expectativa de queda dos juros, que poderia aquecer setores como varejo, viagens, crédito e financiamentos.

Arcabouço fiscal: com a aprovação das novas regras de gastos do governo, há uma sinalização positiva sobre a disciplina fiscal do governo.

Estrangeiros voltando: investidores gringos estão aproveitando perspectivas positivas de algumas companhias e setores na Bolsa, além de preços ‘descontados’.

Carry Trade: investidores estrangeiros vêm para cá com seus dólares para ganhar com a diferença entre os juros operados entre Brasil (altos) e outros mercados (mais baixos).

Commodities: a retomada econômica da China impulsiona os preços e acelera a procura por itens brasileiros de exportação como soja, minério de ferro, papel e celulose e grãos.

Perspectivas

O Boletim Focus do Banco Central de 12 de junho com as expectativas do mercado financeiro projeta o dólar em R$ 5,10 ao fim de 2023 e R$ 5,17 para 2024.