O que é o DREX, a moeda digital brasileira? Ele substituirá o Real e o Pix?

Em 2020, em meio à popularização das criptomoedas, o BC iniciou os trabalhos para criar uma stablecoin que prontamente recebeu o apelido de Real Digital.

Três anos depois, o BC finalmente divulgou mais detalhes da moeda, agora chamada de DREX (Digital, Real, Eletrônico e o ‘X’ vem na onda do Pix).

O Drex será uma CBDC (Central Bank Digital Currency), uma espécie de stablecoin, só que emitida pelo Banco Central.

Por ser uma CBDC, a cotação do Drex é estável, sempre pareada com o Real regular.

Para garantir a segurança de transações e propriedade, o piloto do Drex utilizará uma plataforma de blockchain baseada no Ethereum, o Hyperledger Besu.

Esse piloto do Drex será testado e conta com a colaboração de bancos e consórcios, incluindo Bradesco, Itaú, Nubank, Santander, BB, B3, BTG e XP.

Qual a diferença entre Drex e BTC?

Enquanto criptomoedas como o bitcoin são muito voláteis, com natureza de investimento e até especulativas, a cotação estável do Drex torna-o mais útil em transações financeiras e comerciais.

Outras vantagens de CBDCs como o Drex são oferecer transparência, regulamentação, acessibilidade, liquidez e ampla aceitação.

O Drex substituirá o Pix?

Enquanto o Pix é uma forma de pagamento, o escopo do Drex é mais amplo, mesmo porque ele será uma moeda em si. Ou seja, no futuro talvez seja possível fazer um Pix usando o Drex.

E como funcionará o Drex?

Os clientes depositarão Reais regulares em instituições (bancos, fintechs, exchanges) que serão então tokenizados para Drex e depositados em suas carteiras digitais

A partir daí, em teoria, ele poderia ser utilizado para pagar contas, realizar investimentos (como títulos do governo) e até comprar ativos como carros, imóveis e máquinas.

O Drex deverá estar disponível entre o fim de 2024 e início de 2025.

Se o Drex se tornará o primeiro passo para uma Moeda Mercosul, digital e transnacional, ainda é uma incógnita.