O mercado brasileiro está enfrentando volatilidade elevada, queda da Bolsa, alta de juros e disparada do dólar há algum tempo. Mas o cenário se agravou nas últimas semanas.
O grande tema da piora dos indicadores é o risco fiscal. Agentes econômicos temem que, sem reduzir gastos, o governo não conseguirá equilibrar as contas públicas e frear a inflação.
Em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) reconheceu o risco ao elevar a taxa de juros para 12,25% ao ano, com mais dois aumentos de 1 ponto percentual até março de 2025.
A alta dos juros é uma tentativa do Banco Central de frear a alta da inflação, mas isso não tem funcionado porque o governo ainda não conseguiu aprovar o cortes de gastos no Congresso.
O dólar chegou a bater os R$ 6,18; o maior valor da história. A alta dos juros também fez os títulos do Tesouro Direto serem negociados em patamares recordes.
Na Bolsa, o Ibovespa está em 124 mil pontos, com uma queda acima de 7% em 2024.