Fed: como o aumento de juros nos EUA afeta pobres, SVB e até bitcoin
Política monetária do Federal Reserve segue mesma lógica de Copom e Selic
Política monetária do Federal Reserve segue mesma lógica de Copom e Selic
Economistas e congressistas têm alertado que juros mais altos levariam a uma piora do endividamento e ao desemprego de 2 milhões de pessoas.
Nem sempre, mas sinais como o preço do aluguel de imóveis, nível de endividamento das famílias, desemprego e a inflação de itens básicos – como alimentação, transporte e saúde – precisam ser monitorados para o remédio não sair mais amargo que a encomenda.
Criptoativos como bitcoin, ethereum e NFTs são diretamente afetados pelos juros mais altos, quando os investidores migram para a renda fixa (como os bonds da dívida americana) e ficam mais aversos a arriscar seu patrimônio em produtos, digamos, mais alternativos.
Os altos juros vêm ajudando a desacelerar o ímpeto das bolsas norte-americanas no último ano. Os índices S&P 500 e Nasdaq Composite estão negativos no acumulado de 12 meses, apesar de operarem em alta nos primeiros meses de 2023.
A quebra do SVB pode sinalizar a primeira grande vítima dos altos juros marcados pelo Fed. Sem dinheiro barato para bancar suas altas contas de desenvolvimento, as startups de tecnologia do Vale do Silício começaram a sacar seus depósitos, o banco não teve liquidez e colapsou.
Especialistas divergem sobre os impactos do contínuo aperto monetário do Fed sobre a Selic aqui no Brasil. Lula, Haddad, BC e Congresso estão de olho tanto na economia externa como em fatores domésticos antes de definir nossa curva de juros.