A Flórida se prepara para enfrentar um dos furacões mais perigosos de sua história. Milton, que já chegou à categoria 4, tem previsão de atingir a costa sudeste do estado americano na noite desta quarta-feira (9).
A expectativa é de que o impacto do furacão, caso mantenha sua intensidade, resulte em um número significativo de sinistros, afetando diretamente os custos e a operação das seguradoras.
Além dos custos diretos relacionados às tempestades, o mercado enfrenta um problema adicional: a cobertura limitada contra inundações. Já que a maioria das apólices padrão na Flórida não inclui proteção contra esse tipo de dano.
Recentemente, o mercado de seguros de propriedade e acidentes nos EUA registrou quedas nas ações, refletindo o temor de mais um ano de pesadas perdas.
No caso do Brasil, é mais fácil de entender como uma catástrofe climática impactaria esse mercado. Isso porque, algo muito parecido já aconteceu no país, quando o estado do Rio Grande do Sul passou por um desastre ambiental de grandes proporções que começou no final de abril causando destruição em larga escala.
Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), mais de 23 mil comunicados de acidentes já foram registrados, totalizando aproximadamente R$ 1,67 bilhão em indenizações previstas.
Apesar da gravidade da situação, o sistema de seguros no Brasil é robusto e teve capacidade para arcar com as indenizações do evento climático, minimizando o risco de colapso do setor - o que deveria se repetir caso acontecesse novamente.