Nos últimos três anos, a indústria de fundos enfrentou um cenário desafiador. O salto da inflação pós-pandemia levou a Selic a 15% ao ano, provocando resgates em ações e multimercados. Instabilidade política, tensões globais e crises corporativas testaram a habilidade dos gestores.
Em sua 26ª edição, o Guia FGV de Fundos avalia o desempenho e o risco de fundos de renda fixa, multimercados e ações. Neste ano, 268 gestoras, com mais de R$ 2 trilhões sob gestão e 14,1 milhões de cotistas, foram classificadas de uma a cinco estrelas.
Entre as premiadas de 2025, Bradesco Asset, SulAmérica e Warren lideraram em suas categorias, seguidas por Itaú, Sicredi e MAG. Todas se destacam pela forte atuação em fundos de crédito privado, preferidos por investidores mais conservadores.
Com R$ 1 trilhão sob gestão, a Bradesco Asset tem 44% dos ativos em crédito privado — quase o dobro de 2022. A estratégia conservadora garantiu estabilidade em crises como a da Americanas e consolidou sua liderança no ranking da FGV.
O Guia FGV mostra a transformação do setor, que passou de 300 para 1 mil gestoras em 26 anos e migrou do varejo para o atacado. Além do desempenho, o ranking avalia canais de distribuição e destaca que disciplina, governança e foco em crédito privado são marcas dos fundos campeões.