A ideia de adiantar os relógios em uma hora para aproveitar melhor a luz natural nos meses mais longos já fez parte da rotina dos brasileiros. O horário de verão foi usado por décadas com a ideia de reduzir o consumo de energia elétrica, especialmente à noite.
Segundo o Ministério de Comunicação Social, essa política está suspensa desde 2019. Mas rumores sobre seu possível retorno voltaram a circular, o que não é verdade.
A avaliação técnica do governo federal indicou que o impacto da medida havia se tornado indiferente para o sistema elétrico nacional. Como os benefícios deixaram de justificar sua aplicação, e a opinião pública estava dividida, o governo optou por encerrar a política em 2019.
Hoje, o maior uso de energia ocorre à tarde, às 15h, por conta do ar-condicionado e outros equipamentos de refrigeração. Com isso, a proposta original da política perdeu força.
A modernização da iluminação reduziu o peso da luz elétrica no consumo total. Contudo, os aparelhos de climatização ganharam protagonismo. Como o horário de verão não atua diretamente nesse novo pico de consumo, seu efeito na economia de energia se tornou limitado.
Levantamentos feitos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que, embora o horário de verão não reduza mais o consumo total, ele ainda ajuda a aliviar o sistema em horários críticos, especialmente no começo da noite.