O Ibovespa atingiu nesta terça-feira (13) máxima a 139.418,97 pontos, o maior nível da sua história. Em 2025, o índice da B3 já acumula ganhos de 15,85%.
Em live do E-Investidor, Dalton Gardimam, economista-chefe da Ágora Investimentos, explicou que a valorização recente do Ibovespa ocorre principalmente por conta de uma influência externa. Com o tarifaço de Trump, investidores têm migrado seus recursos do mercado americano para outras Bolsas globais, como as europeias e a brasileira.
Outro fator que ajuda o IBOV é a maior calmaria no cenário doméstico. O economista entende que os problemas fiscais agora parecem não ser tão fortes como eram há um ano.
Para Bruno Benassi, analista de ativos na Monte Bravo, o Ibovespa também estava negociando a múltiplos baixos em relação à média histórica. “Comparando com os níveis em que o IBOV negociou em momentos de estresse semelhante, esse foi um ponto de entrada interessante para o investidor”, afirma.
Após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a Selic para 14,75% ao ano, analistas entendem que o ciclo de alta da Selic também pode ter chegado ao fim, o que contribuiu para a alta do Ibovespa.
China e EUA disseram na segunda-feira (12) ter chegado a um acordo para reduzir por 90 dias as tarifas que impuseram um ao outro, enquanto tentam negociar um acordo comercial. O alívio das tensões animou os mercados globais e também deu força para o Ibovespa.