Imóveis: como mulher mais velha do mundo deu prejuízo a comprador de apartamento?
Em alguns países europeus, notadamente na França, há uma forma interessante de idosos obterem renda vitalícia e investidores fazerem bons negócios.
Trata-se da venda de apartamentos com usufruto até a morte do vendedor. A vantagem para o comprador é que ele paga parcelas fixas periodicamente, mas só até o falecimento do vendedor.
Imagine comprar uma casa por R$ 1 milhão, com parcelas mensais de R$ 10 mil e o dono do imóvel morre daqui a um ano? Você só desembolsou R$ 120 mil e obteve um ótimo lucro.
Em 1965, foi isso que pensou o advogado André-François Raffray quando comprou o apartamento de Jeanne Calment, então com mais de 90 anos. Mensalmente ele desembolsava 2.500 francos pelo contrato.
Quando fechou o negócio Raffray tinha 47 anos. O que ele não imaginava é que ele morreria antes de Calment. Ele deu um baita azar: ela viria a se tornar a pessoa mais velha do mundo.
Calment – que dizia ter conhecido o pintor Van Gogh quando ele morou em sua Arles natal, no sul da França – viveria até os 122 anos, dando um enorme prejuízo para o advogado e sua família.
Jeanne veio a falecer em 1995, dois anos depois do azarado advogado. Ela é até hoje a única pessoa – homem ou mulher – que comprovadamente ultrapassou a idade de 120 anos.