Investimentos feijão com arroz: saiba como montar uma carteira básica e rentável

Diversificar os investimentos costuma ser uma das principais recomendações dos assessores, mas em meio a tantas opções, pode ser difícil saber onde aplicar o dinheiro. O investidor corre o risco de acabar pulverizando seus recursos e perdendo o controle da rentabilidade no fim do mês.

Para evitar que isso ocorra, analistas ouvidos pelo E-Investidor mostram quais são os investimentos “feijão com arroz”, aqueles que não podem faltar na carteira dos brasileiros e que garantem a proteção do patrimônio.

Como definir quais ativos farão parte da carteira?

É preciso ter em mente alguns fatores. O primeiro é o perfil de risco, que definirá o percentual de alocação em renda fixa e variável. O segundo ponto são os objetivos de curto, médio e longo prazo. Por fim, é preciso saber qual o valor disponível para investimento inicial e qual será o aporte mensal.

Renda fixa

Definidos esses pontos, os analistas recomendam começar com dois investimentos básicos de renda fixa: o Tesouro Selic, para formação da reserva de emergência, e o Tesouro IPCA+ para os objetivos de longo prazo, como a compra de um imóvel ou aposentadoria.

Vale lembrar que os títulos do Tesouro Direto possuem o menor risco do mercado, pois são garantidos pelo governo federal, além disso, oferecem retornos competitivos em relação a outras aplicações, como CDBs.

Júlia Aquino, analista de ações da Rico, acrescenta que o Tesouro Selic é uma boa opção para a reserva de emergência, pois possui liquidez. Ou seja, o investidor pode sacar o dinheiro a qualquer momento sem perdas.

Renda variável

Se o investidor possui perfil de risco mais arrojado e quer ingressar na renda variável, há algumas opções: montar a sua própria carteira de ações, escolher um fundo de investimento com gestão ativa, em que o gestor irá selecionar os papéis, ou aplicar em um fundo de índice, ou ETF, que irá refletir a performance de um índice da Bolsa.

Caso o investidor decida montar a sua própria carteira, o ideal é optar por poucas empresas. Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, recomenda que a carteira não ultrapasse seis setores, com no máximo três ações por setor. Ou seja, 18 ações de empresas diferentes no máximo.

“Uma pessoa mais nova deveria focar no longo prazo e priorizar a rentabilidade. Já uma pessoa mais velha deveria focar em renda, e escolher empresas que sejam boas pagadoras de dividendos”, explica Flavio Conde, analista da Levante Investimentos.