Recuo no IOF expõe ruídos na política econômica e preocupa mercado financeiro

Recuo na decisão

O recuo do Ministério da Fazenda em elevar o IOF sobre remessas para fundos de investimento no exterior não foi suficiente para acalmar o mercado financeiro.

Relatórios de bancos e corretoras

Relatórios de bancos e corretoras divulgados nesta sexta (23) apontam descoordenação no governo, risco de perda de confiança e conflito com normas do FMI e da OCDE.

Nova medida

Para Felipe Salto, da Warren Investimentos, o governo acertou ao voltar atrás antes da abertura dos mercados, mas cometeu um ao anunciar a medida de forma inoportuna.

Aumento no IOF

“O anúncio do relatório bimestral, com bloqueio de mais de R$ 31 bilhões, tinha sido bem recebido. Mas o IOF anulou o efeito positivo”, lamentou.

Impacto no câmbio

Felipe Salto destacou que o aumento da alíquota do IOF para 3,5% nas remessas ao exterior representava um controle de capitais com impacto direto sobre o câmbio e as decisões do Banco Central.

Política monetária

“Discordo do ministro quando diz que o BC não precisa participar dessas decisões. Se afeta a taxa de câmbio, afeta a política monetária também”, pontuou.