IPCA, INPC, IGP-M, INCC: entenda a diferença entre os índices de inflação
De reajuste de aluguel a salário-mínimo, entenda como eles influem em seu dia-a-dia
Todo brasileiro sabe: aumentou a conta do supermercado, do combustível ou do aluguel, é sinal de inflação.
Para medir o aumento (ou redução dos preços) existem diversos índices que ajudam governo, empresários e donos de imóveis a balizar política econômica, aluguel e preços, entre outros.
Um dos índices de preços mais conhecidos é o IGP-M (índice geral de preços mercado), da FGV, muito utilizado no reajuste de aluguéis de imóveis.
Outro indicador muito conhecido é o IPCA (índice de preço ao consumidor amplo), medido pelo IBGE, que marca a inflação oficial do Brasil.
Mas qual a diferença entre eles?
Todos os índices partem do mesmo princípio, mas possuem diferentes cestas de produtos e serviços e até mesmo público-alvo e região geográfica.
Segundo o IBGE, o IPCA é o mais abrangente, indicando a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.
Já o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) fica limitado à faixa mais pobre da população, aquela que ganha entre 1 e 5 salários mínimos.
Eis o principal motivo pelo qual o INPC é adotado para a correção do salário-mínimo.
Uma diferença entre o IPCA e um outro índice, o IPC, é que enquanto o primeiro tem alcance nacional, o segundo levanta dados de uma determinada localização geográfica.
Este é o caso do IPC da Fipe, que mede a inflação no município de São Paulo.
Quem compra um imóvel ainda em obras deve ficar de olho na variação do INCC, que cobre os custos da construção civil e pode servir como indexador de parcelas do financiamento.
Por sua vez, o IGP-M foca na variação para o mercado (serviços e produtos para distribuidores e atacadistas, por exemplo) e não para o consumidor.
Por isso, não há um índice de preço correto na hora de reajustar o aluguel do imóvel. IPCA, IGP-M ou INPC, tudo depende de uma negociação prévia entre as partes.
Da mesma forma, enquanto no IPCA voos de avião e o preço do carro zero têm pesos consideráveis, no INPC (a de quem ganha menos) gás de cozinha e cesta-básica são mais importantes.