Nessas horas, os investidores buscam proteção para o seu dinheiro, procurando ativos seguros, aceitos facilmente e em qualquer lugar. Chamamos isso de liquidez e dólar, ouro e até bitcoin são desejados nessa hora.
Porém, quando o mercado segue turbulento e instável e o dólar continua subindo, o Banco Central pode interferir no câmbio de uma forma indireta: vendendo a moeda através de leilões.
A teoria é simples: despejando bilhões de dólares no mercado, há um aumento substancial na oferta e os preços cairiam (mas nem sempre dá certo).
Nas últimas semanas o BC despejou cerca de US$ 20 bilhões para conter o dólar, que quebrou seu recorde histórico. Todo esse dinheiro faz parte de uma reserva bilionária, hoje na casa dos US$ 350 bilhões.
O Banco Central forma essa reserva comprando dólares e outras moedas no mercado, obtidos principalmente das exportações de produtos brasileiros, como soja, carne e minério de ferro.
As reservas brasileiras são uma das dez maiores do mundo. China (US$ 3 trilhões) e Japão (US$ 1,2 trilhão) lideram o ranking. Enquanto isso, a Argentina tem minguados US$ 21 bilhões.