Refugou?! Por que Lula desistiu de taxar Shein e Shopee?

Ministro Haddad havia classificado compras de “contrabando digital”

O presidente Lula pressionou o ministro Fernando Haddad e o governo recuou na taxação de compras internacionais entre pessoas físicas no valor de até US$ 50.

A decisão pela cobrança de impostos anunciada às vésperas da viagem de Lula à China mirava principalmente as vendas de plataformas como Shopee, Shein e Aliexpress.

Para burlar o fisco e o imposto de 60%, e-commerces asiáticos vendem produtos como se fossem pessoas físicas e fatiam encomendas sempre abaixo do teto de US$ 50.

O próprio Haddad havia chamado essas compras de “contrabando digital”.

No entanto, as reações negativas nas redes sociais e pressões internas levaram ao inusitado recuo e a uma derrota ao próprio Haddad.

Afinal de contas, a decisão foi tomada um dia antes da aguardada apresentação do arcabouço fiscal no Congresso. E não é só isso.

O ministro agora tem R$ 8 bilhões a menos na apertada conta da arrecadação. Criar um novo imposto ou aumentar alíquotas não cairia bem.

Curiosamente, a ideia da taxa sobre as asiáticas e o aperto à sonegação surgiu durante o governo Bolsonaro.