O Banco Central terá um novo presidente em 2025. O economista Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária da instituição, foi indicado pelo Governo no final de agosto para substituir Roberto Campos Neto na principal cadeira da autarquia.
Galípolo era visto como um economista de perfil mais “heterodoxo” e alinhado ao governo Lula: uma vez no comando do BC, o temor era de que houvesse maior abertura para interferências do Executivo ou de que aceitasse uma inflação maior.
A preocupação com a mudança na presidência tem fundamento, pois o banco é a autoridade monetária do país, que fiscaliza o sistema financeiro nacional, assegura a estabilidade da moeda e define o nível da taxa básica de juros Selic.
Para conter a inflação, o BC precisa subir os juros e desaquecer a economia. Quando a inflação está sob controle, é possível baixar os juros para reaquecer a economia. Com um presidente “leniente”, o País pode ter inflação alta, afetando o poder de compra da população.
É preciso destacar ainda que, embora o perfil do líder do BC seja importante para influenciar a política monetária, o presidente da autarquia não decide sozinho. Existe uma equipe de diretores que participam das deliberações.