Oxxo: como casamento de Coca-Cola com etanol mexe com seus investimentos (e você nem sabia)?

Não tem como não ignorá-las: as lojas de conveniência Oxxo estão invadindo as esquinas e transformando o varejo em cidades do estado de São Paulo como Campinas, Sorocaba e Jundiaí.

A operação brasileira da marca mexicana Oxxo (se pronuncia ‘ó-quis-sô’), criada em 1978 pela Femsa, é o resultado de uma joint-venture desta com a Raízen, formando o Grupo Nós.

A Raízen (B3: RAIZ4) é uma joint-venture de energia entre Shell (BDR: RDSA34) e Cosan (CSAN3) para produção e comercialização de etanol, açúcar, combustíveis e bioenergia.

A Raízen é a segunda maior distribuidora de combustíveis do país, operando 7,9 mil postos da bandeira Shell.

Já a Femsa (BDR: CAC234) é uma das maiores engarrafadoras de Coca-Cola do planeta e no Brasil tem sob seu guarda-chuva marcas como Fanta, Schweppes e Matte Leão.

Isso mesmo, essa mistura de Coca-Cola com etanol pode impactar sua carteira de investimentos.

Em maio último a Femsa (NYSE: FMX) vendeu sua participação acionária na cervejaria Heineken (AMS: HEIA) para se concentrar justamente em seus segmentos principais: Coca-Cola e Oxxo.

Na América Latina já são 18.000 unidades Oxxo, com o objetivo de abrir até 500 lojas no Brasil nos próximos meses, teoricamente trabalhando 24 horas ao dia.

A nova joint-venture do varejo também opera a marca Shell Select de lojas junto aos postos de combustível. Ambas comercializam lanches rápidos, café, itens de higiene e alimentos.

A agressiva estratégia de expansão da Oxxo tem como principais concorrentes franquias e minimercados como Carrefour Express (CRFB3), Pão de Açúcar Minuto (PCAR3) e Dia (BME: DIA).

E o que significa Oxxo? Aparentemente é apenas como os mexicanos pronunciavam o símbolo estilizado de porcentagem (%) no logo original da década de 1970, um carrinho de compras.