Pirâmide financeira: entenda golpe financeiro que afeta milhões
Pirâmides financeiras são um dos golpes mais conhecidos e atraentes do mercado ao combinar a promessa de dinheiro fácil, alta rentabilidade e a ganância de seus investidores.
Para dar um verniz de legalidade aos esquemas, seus criadores fazem seus participantes pensarem que estão investindo dinheiro em negócios legítimos, como fazendas de gado, bitcoin e fundos de Wall Street.
Mas nada disso é real. Basicamente esquemas de pirâmide ou do tipo Ponzi (muito similar) dependem do fluxo permanente de novos “investidores”. É exatamente o dinheiro de novos entrantes que remunera os membros mais antigos.
Um dos métodos clássicos funciona assim: uma parcela do dinheiro de um novo investidor vai para a pessoa que o convidou para o esquema. Este, por sua vez, também deve remunerar quem o chamou. Ou seja, quanto mais pessoas abaixo de você, mais dinheiro.
Para atrair novos investidores, os cabeças muitas vezes realizam reuniões para apresentar o “investimento”, lançando mão de argumentos bem montados. A partir daí, a ganância faz o resto.
Com o dinheiro entrando fácil, os participantes são incentivados a atrair mais pessoas para o grupo. No entanto, o esquema não é sustentável a longo prazo.
O colapso da pirâmide
Tudo funciona às mil maravilhas até que o fluxo de dinheiro é interrompido, seja por esgotamento ou falta de interessados. Sem novos entrantes, não há como remunerar os investidores e os retornos são suspensos.
Pior: os que entraram por último nunca receberão seu dinheiro de volta, pois ele foi usado para sustentar os retornos dos mais antigos. Todo lucro foi parar na mão dos criadores do sistema e alguns abaixo dele.
Um dos esquemas deste tipo mais conhecidos levou à prisão o até então confiável Bernie Madoff. Ao dar um prejuízo bilionário aos investidores, o ex-chairman da Nasdaq foi condenado a 150 anos de reclusão.