Os ataques recentes a empresas que operam com o Pix reacenderam o debate sobre a segurança do sistema. As falhas ocorreram em parceiros, não na estrutura central do Banco Central, mas expuseram vulnerabilidades no ecossistema.
Um dos casos foi o ataque à Sinqia Digital, em agosto, com R$ 710 milhões desviados - R$ 589 milhões bloqueados pelo BC. As transações usaram credenciais legítimas, o que dificultou a detecção.
Segundo a ESET, o Brasil concentrou 61% dos trojans bancários da América Latina em 2024. Esses vírus roubam dados e movimentam dinheiro em tempo real, pressionando instituições a reforçar a segurança.
O BC reagiu com novas regras, incluindo um teto de R$ 15 mil para transferências de instituições de maior risco e capital mínimo de R$ 15 milhões para prestadores de tecnologia. Criou também um botão de contestação do Pix para denúncias e bloqueio rápido.
Para Roberto Panucci, as medidas reduzem riscos sem afetar o uso diário. Já Alex Hoffmann, da PagBrasil, diz que elas poderiam ter evitado os ataques e reforça que o Pix continua sendo um sistema seguro.