Em junho de 1994 o Brasil vivia um dos últimos capítulos da hiperinflação. Naquele mês, o IPCA cravou alta de 47,43% e incríveis 4.922% nos últimos 12 meses.
Nos anos anteriores, uma série de tentativas frustradas tentaram frear a inflação – como os planos Cruzado de 1986, de José Sarney, e Brasil Novo (Fernando Collor de Mello, em 1990).
O Real foi oficialmente lançado em 1o. de Julho de 1994, durante a presidência de Itamar Franco, com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda.
A nova moeda, a âncora cambial (1 Real valia 1 dólar!), o aumento de juros e o plano de austeridade de gastos públicos ajudaram a derrubar a inflação. O IPCA fechou 1995 em apenas 22,41%.
A primeira família de notas do Real tinha os seguintes animais no verso: colibri (R$ 1), garça (R$ 5), arara (R$ 10), onça (R$ 50) e garoupa (R$ 100).
Novas notas vieram depois: as de R$ 2 (tartaruga-marinha, em 2001) e R$ 20 (mico-leão-dourado, em 2002), para facilitar o troco, e R$ 200 (lobo-guará, 2020), uma cria da inflação acumulada.
Vítima da inflação, a cédula de R$ 1 foi gradualmente sumindo a partir de 2005 e foi completamente substituída por sua moeda.
Fizeram parte da equipe do plano Real os economistas Edmar Bacha, Gustava Franco, Winston Fritsch, Pérsio Arida, Pedro Malan, André Lara Resende e Clóvis Carvalho. A história até virou filme em 2017.