Por volta das 10h da última quarta-feira (9), um fato relevante publicado pela Rossi Residencial (RSID3) chamou a atenção. O documento acusa o antigo DRI e o presidente da companhia, Fernando Miziara, de publicar 2 comunicados aos acionistas depois de ser destituído de suas funções na construtora.
Os comunicados são emblemáticos. Isso porque informam os investidores sobre uma nota técnica assinada pelo escritório Loria e Kalansky Advogados atestando que o megainvestidor Silvio Tini e a Lagro do Brasil Participações formaram um bloco de controle na Rossi, que juntos chegaram a deter mais de 25% do capital da companhia em abril deste ano.
Por esse motivo, ele alega que ambos precisavam realizar uma oferta pública de aquisição (OPA), regra estabelecida no artigo 39 do Estatuto Social da empresa para dificultar aquisições hostis – a chamada “Poison Pill”.
Realizar uma OPA significa que Tini deveria oferecer a todos os investidores a possibilidade de venderem seus papéis aos novos controladores, de modo a comprarem até 100% das ações emitidas.
Miziara diz que investigações internas feitas pela Rossi a partir deste ano, enquanto ele ainda estava no comando, apontam que Tini teria escondido sua real posição na companhia por meio de veículos de investimento com sedes no exterior.
Vale lembrar, também, que em julho deste ano, a CVM proibiu Tini de exercer cargos de administrador ou conselheiro fiscal por cinco anos.