O acordo de compra de 58% das ações do Master, banco do Daniel Vorcaro, pelo Banco de Brasília (BRB) se tornou o novo grande assunto do mercado financeiro.
O preço de aquisição a ser pago pelo BRB será equivalente a 75% do patrimônio líquido consolidado do Banco Master, com 50% pago à vista na data de fechamento da operação. Até junho de 2024, o patrimônio líquido do Master era de R$ 4,2 bilhões.
A operação ainda precisa de aprovação do Banco Central e do Cade. De acordo com informações do O Globo, pode ser que o BC desaprove o negócio.
A preocupação envolvendo o Master já vem de algum tempo. O banco tem um modelo de expansão de negócios agressivo e emitia CDBs com taxas muito acima da média do mercado; o que acabou caindo no gosto do investidor pessoa física.
Com CDBs de até 140% do CDI, o Master passou a corresponder a uma porcentagem relevante da liquidez do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Por causa disso, especialistas temiam que um eventual problema no banco gerasse uma crise maior no sistema.
Para o investidor de CDBs do Master a notícia acaba sendo positiva, dado que, agora, o conglomerado é mais robusto. O alerta fica para quem também investia em ativos do BRB – a cobertura do FGC fica limitada a R$ 250 mil somando as duas instituições.