Por que o dólar sobe e desce tanto?

O câmbio do dólar é, junto com a inflação e o Ibovespa, uma das informações mais importantes do mercado financeiro e uma das que mais afetam o dia a dia dos brasileiros.

O dólar mexe não só com compras internacionais online ou o preço de passagens aéreas e reservas de hotéis. Tudo que é importado (azeite de oliva, cosméticos, autopeças) terá seu preço reajustado conforme o humor dos mercados.

Mas, afinal, por que o câmbio sobe e desce tanto?

Não há uma resposta única para isso. Há toda uma combinação de fatores econômicos e geopolíticos que mexem com o humor dos mercados de capitais e a demanda pelo dólar.

Há uma regra básica aqui: quanto mais dólar houver no mercado brasileiro, mais baixo será o câmbio. É a velha lei da oferta e demanda. Mas como a moeda norte-americana entra no País?

Atraindo investidores

Se o Brasil se mostrar atraente aos estrangeiros, eles trarão divisas para o País, injetando dinheiro na Bolsa de Valores, em projetos de infraestrutura ou novas fábricas, por exemplo.

A política afeta o dólar?

Sim. A percepção de que um determinado governo não tem disciplina fiscal, apresenta riscos aos investidores ou muda regras, gerando insegurança jurídica, pode afastar o dinheiro estrangeiro.

Cenário internacional

Se os juros de um país estável estiverem altos, como acontece nos EUA hoje, os estrangeiros podem preferir investir em títulos de renda fixa por lá ao invés de se aventurarem pelo Brasil, fazendo rarear a moeda mundo afora.

Mas não é só isso. Fatores como crise econômica na China, guerra na Ucrânia, pandemia ou recessão global podem aumentar a sensação de risco generalizado, fazendo com que os investidores procurem ativos seguros, como o dólar.

Tudo isso torna difícil prever a cotação do dólar. Mas, de qualquer forma, longe estão os dias quando o Real e a moeda norte-americana tinham paridade cambial de um para um.