A Previ, o maior fundo de pensão do Brasil, está sob auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) após registrar um déficit de R$ 14 bilhões em seu principal plano de previdência, o Plano 1, em 2024. Essa situação gerou preocupação entre os associados e levantou questionamentos sobre a gestão do fundo. Entenda o caso:
A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) é o maior fundo de pensão do Brasil, com mais de 200 mil associados e um patrimônio superior a R$ 300 bilhões. A Previ administra os recursos de aposentadoria e pensão dos funcionários do Banco do Brasil, sendo uma entidade importante para a segurança financeira de milhares de trabalhadores e aposentados.
O déficit de R$ 14 bilhões registrado em 2024 no Plano 1 da Previ acendeu um alerta para o TCU, que decidiu abrir uma auditoria para investigar a gestão do fundo. O objetivo da auditoria é apurar as causas do déficit e verificar se houve falhas na gestão dos recursos. O TCU também busca garantir a segurança dos recursos dos beneficiários e a sustentabilidade do fundo.
O principal fator que contribuiu para o déficit da Previ foi a queda nas ações da Vale (VALE3), empresa na qual a Previ é a maior acionista individual. A desvalorização das ações da Vale em 2024 impactou negativamente o rendimento do fundo, que teve uma rentabilidade de apenas 2,11% no período, muito abaixo do CDI e da inflação.
O déficit bilionário levantou a possibilidade de equacionamento do plano, ou seja, de que os associados tenham que cobrir o déficit com contribuições extraordinárias. No entanto, a Previ afirma que não há risco de equacionamento e que o fundo continua sólido. A Previ argumenta que o déficit foi causado por fatores externos.
O TCU dará continuidade à auditoria e os resultados devem ser divulgados nos próximos meses. A Previ poderá ser notificada a apresentar esclarecimentos e adotar medidas para sanar o déficit e reforçar a gestão do fundo.